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Mostrando postagens de maio, 2008

Roberto Freire, escritor

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Criador da somaterapia e de obras como Ame e dê vexame e Cleo e Daniel morre aos 81 anos, de causa não revelada pela família Da Redação André Sarmento/Folha Imagem - 7/2/03 Freire na época do lançamento de sua autobiografia: contra a neurose O escritor, poeta e terapeuta Roberto Freire morreu na noite da última sexta-feira aos 81 anos, em São Paulo. Por recomendação dele, deixada em carta, a família, que não divulgou a causa da morte, cremou o corpo ontem à tarde na Vila Alpina e não realizou cerimônias fúnebres. Autor de 25 livros, Roberto Freire também escreveu para teatro, cinema e televisão. Entre suas obras mais conhecidas estão Sem tesão não há solução, Coiote e Cleo e Daniel, que ganhou versão para o cinema em 1970, com participação de Sônia Braga, dirigida pelo autor. Também trabalhou para a TV como roteirista dos programas A grande família e TV Mulher, onde revelou Marília Gabriela, como apresentadora, Marta Suplicy, como sexóloga na televisão, e o estilista

menina 2

a pequena campeã de shotokan mira-se no espelho e, surpresa, descobre-se bonita. por minutos espanta a lembrança do pranto: a mãe, servente na escola, sai, de madrugada. sozinha, o choro afaga-lhe a singela face morena!

menina

na alvura dos dez anos, a arte marcial acalenta-lhe a alma shotokan: golpes ágeis, velozes e o sonho de mudar da cidade chamada céu azul onde campeia a miséria e resta a escuridão e ausência de luz

oceano

de madrugada, às 5, a memória em proust: cabelos de gilberte encantam! avança a noite, vacilando a lua entre ir ou ficar, velando aracaju na leitura, penso no mar, vejo o fundo do oceano: que estarão fazendo agora os seres marinhos?

Os Biocombustíveis e seus Desafios*

Maurício Thuswohl Nos dias atuais, a discussão sobre o aumento mundial do preço dos alimentos, a crise global da agricultura e a pressão exercida pela expansão da produção de biocombustíveis no meio rural mobiliza corações e mentes em todo o planeta. Se, por um lado, crescem as críticas aos biocombustíveis (a ponto de o relator especial sobre a fome da ONU, o suíço Jean Ziegler, pedir uma moratória imediata de sua produção), por outro pouco ainda se sabe sobre os verdadeiros impactos sociais e ambientais que eles já estão trazendo. Outra discussão urgente trata do aquecimento global e da necessidade imperiosa de vencermos seus efeitos, sob pena de extinção de inúmeras formas de vida. Aí, mais uma vez, os biocombustíveis são personagens centrais, pois se colocam como alternativa à queima de combustíveis fósseis e ao aquecimento da atmosfera. No Brasil, país que pretende se tornar o maior produtor e fornecedor mundial de biocombustíveis, o governo garante que a produção de agroenergia e

Umo outro mundo é possível!

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Menina de ouro Aos 10 anos, mesmo com dificuldades, moradora de Céu Azul já é uma campeã. A pequena faixa roxa treina agora para o próximo sonho — o campeonato internacional de caratê, nos Estados Unidos Marcelo Abreu Da equipe do Correio Fotos: Kleber Lima/CB/D.A Press Ingrid coleciona medalhas e troféus desde os 7 anos, quando conheceu e se apaixonou pelo caratê: talento, disciplina e perseverança Júlio César ensinou a Ingrid o estilo shotokan: força, flexibilidade e movimentos rápidos Aluna e professor treinam na rua da casa dela, em Céu Azul: humildade e confiança recíproca Quanto vale um sonho? Talvez valha a intensidade de quem sonha. Talvez seja o que move, dá impulso, transforma, edifica. Talvez seja a essência da vida. Aos 10 anos, a pequena Ingrid Ferreira Souza começou a compreender que eles, os sonhos, existem. Torná-los reais, palpáveis, é a parte mais complicada dessa empreitada. Com tanta pouca idade, Ingrid também aprendeu muito mais: descobriu que a vi

senhor revelho 4

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se miro o mar, ali um. se volvo íris além, n'Àfrica, outro, na agonia da fuga dos mercadores, há três séculos. olhos de senhor revelho fitando-me: brandura.

senhora revelha 3

cacimbas. riachos. ribeirões. senhoras revelhas habitam águas. de cócoras, espreitam o mundo. esvoaçam borboletas extenuadas. malemolência. nubloso o firmamento.

senhor revelho 2

por onde ando, senhores revelhos. semblantes duros. talho da dor. à margem da BR segue um, na bicicleta azul. um pássaro-fogo-pagou reluz a croa dorida da mata.

Machado de Assis. Insuperável!

A revista literária eletrônica Germina Literatura vem publicando contos de Machado de Assis, com notas críticas. Imperdível. O Bruxo é mesmo de uma escrita inventia ao extremo! Leia aqui uma das pérolas.

Graciliano Ramos*

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Cárcere interminável Obra póstuma de Graciliano Ramos reafirma a importância do papel intelectual de escritores frente ao eterno problema da intolerância Paulo Paniago Especial para o Correio Embrafilme/Divulgação Carlos Vereza, como Graciliano, no filme de Nelson Pereira: a narrativa como vingança Graciliano Ramos teve Memórias do cárcere publicado no ano em que morreu, 1953. Não chegou a vê-lo lançado. Foi um dos mais lentos e continuados livros que escreveu. Ficou preso entre 3 de março de 1936 e 13 de janeiro de 1937, sem ter sido formalmente acusado. Foi embarcado num navio em Recife para o Rio de Janeiro, onde ficou na Casa de Detenção e depois na Ilha Grande. "É a vítima mais ilustre do governo Vargas", registra Wander Melo Miranda, professor titular da Universidade Federal de Minas Gerais e responsável por supervisionar a reedição da obra em um só volume. No original, eram quatro. Uma das primeiras preocupações do escritor: transformar personagens reais em obra, mesm

Dilma e o enterro do dossiê

Havia tantos factóides pairando no ar que a "notícia" mais importante das nove horas de sessão com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, na Comissão de Infra-Estrutura do Senado, foi se seria ético ou não ela receber um colar. O presente lhe foi dado, com toda a adulação necessária, pelo senador Wellington Salgado (PMDB-MG). "Já que domingo é o Dia das Mães e a senhora é a mãe do PAC, trouxe essa lembrancinha", disse o cabeludo parlamentar. Pipocaram os flashes. Os repórteres revoaram na direção da líder do PT, Ideli Salvatti, guardiã do agrado, para conferir do que se tratava. Era um colar de ouro branco com o mapa do Brasil cravejado de brilhantes. Rapidamente, Heráclito Fortes (DEM-PI) levantou a voz de barítono para protestar que, se o regalo custasse mais de 100 reais, a ministra não poderia aceitá-lo, conforme o código de ética dos servidores. Salgado acabou enfiando o colar no saco. Houve quem dissesse que esta foi a única vitória da oposição na qua