Como a madrugada produz incêndios!


a noite
e o silêncio dela

os homens dormem e
gira o planeta

o canavial: acalenta-lhe o orvalho

as cidades do interior
paradas no tempo?

shoppings nas capitais apregoam:
o capital não matará o dióxido, nunca!

a música
o livro
o sono

como a madrugada produz incêndios! (alheia aos movimentos dos que amanhã serão chefes/
de executivos municipais, e amealharão os pálidos recursos do erário,/
e à mais absconsa e putrefata merda mandarão o povo, que estará, então,/
entregue à própria sorte e ausência de consciência!/
assim atuam os que açoitam, na imundície midiática diária, o presidente operário:/ deletéria indiferença!)

Comentários

Anônimo disse…
é...
palavras dificeis...poema bonito e politizado..!!
Bjoss pai
saudades de vc !!
AMooo
Sua filha Lais

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