Quase hai indica: Luis Buñuel


Diretor espanhol de cinema. Seu modo de entender a sétima arte vem de seu interesse pela poesia de vanguarda (criacionismo e ultraísmo). As raízes de seu humor abrupto e chocante, de sua análise minuciosa, quase compulsiva, da moral e da repressão burguesas, de sua obsessão pela religião, pelo erotismo, pela morte e pelas misérias humanas devem ser buscadas no melhor realismo espanhol. Filiando-se ao surrealismo, chamou Dalí para escrever o roteiro de Un chien andalou (1929), ao qual se seguiria L” age d” or (1930), considerado outra obra-prima do cinema de vanguarda.


Em 1947, foi para o México, onde alternaria seus filmes denominados de sobrevivência com obras realmente pessoais. Entre seus numerosos trabalhos (quase todos produzidos na França) destacam-se: Os esquecidos (1950), Escravas do rancor (1953), Ensayo de un crimen (1955), Nazarin (1958), Viridiana (1961, ambos premiados com a Palma de Ouro em Cannes); O anjo exterminador (1962), Simão do deserto (1965), A bela da tarde (1966), O discreto charme da burguesia (1972), entre outros.

“O pensamento que me segue guiando hoje, aos setenta e cinco anos, é o mesmo que me guiou aos vinte e sete. É uma idéia de Engels. O artista descreve as relações sociais autênticas com o objetivo de destruir as idéias convencionais dessas relações, pôr em crise o otimismo do mundo burguês e obrigar o público a duvidar da ordem estabelecida.” L. Buñuel.

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