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Mostrando postagens de outubro, 2009

Jeremiah Johnson, de Sidney Polack

Acabei de rever. O filme vi duas vezes. Do Polack. Daqui nasceu a melhor HQ de todos os tempos: Ken Parker, de Berardi (histórias) e Milazzo (desenhos).

Saramago em Lanzarote - II

Mentes Perigosas

Quando pensamos em psicopatia, logo nos vem à mente um sujeito com cara de mau, truculento, de aparência descuidada, pinta de assassino e desvios comportamentais tão óbvios que poderíamos reconhecê-lo sem pestanejar. Isso é um grande equívoco! Para os desavisados, reconhecê-los não é uma tarefa tão fácil quanto se imagina. Os psicopatas enganam e representam muitíssimo bem."Mentes Perigosas" discorre sobre pessoas frias, manipuladoras, transgressoras de regras sociais, sem consciência e desprovidas de sentimento de compaixão ou culpa. Esses "predadores sociais" com aparência humana estão por aí, misturados conosco, incógnitos, infiltrados em todos os setores sociais. São homens, mulheres, de qualquer raça, credo ou nível social. Trabalham, estudam, fazem carreiras, se casam, têm filhos, mas definitivamente não são como a maioria da população: aquelas a quem chamaríamos de "pessoas do bem".Eles podem arruinar empresas e famílias, provocar intrigas, destruir

Saramago, em Lanzarote

Saramago surpreende locutores

Diadorim

Imagem
Sabe-se que Guimarães Rosa deixou para as páginas finais do Grande Sertão a resolução da inquietação de Riobaldo. A descoberta (a luz), na tragédia: Diadorim era mulher (na minissérie da TV, a estonteante Bruna Lombardi). Mas morrera em combate. Segue trecho da narrativa rosena densísssima e poeticamente bela: "E, aquilo forte que ele sentia, ia se pegando em mim – mas não como ódio, mais em mim virando tristeza. Enquanto os dois monstros vivessem, simples Diadorim tanto não vivia. Até que viesse a poder vingar o histórico de seu pai, ele tresvariava. Durante que estávamos assim fora de marcha em rota, tempo de descanso, em que eu mais amizade queria, Diadorim só falava nos extremos do assunto. Matar, matar, sangue manda sangue. Assim nós dois esperávamos ali, nas cabeceiras da noite, junto em junto. Calados. Me alembro, ah. Os sapos. Sapo tirava saco de sua voz, vozes de osga, idosas. Eu olhava para a beira do rego. A ramagem toda do agrião – o senhor conhece – às horas dá de si

Grande Sertão

Em Brasília, na casa dos pais durante uma semana, li Rosa. Eles vão pra cama cedo demais, às 20:30. Para não incomodá-los, eu ficava, digamos, bem quieto, lendo. Eis uma das preciosas frases do majestoso Grande Sertão: Veredas : "Amigo? Aí foi isso que eu entendi? Ah não; amigo, para mim, é diferente. Amigo, para mim, é só isto: é a pessoa com quem a gente gosta de conversar, do igual o igual, desarmado. O de que um tira prazer de estar próximo. Só isto, quase; e os todos sacrifícios. Ou — amigo — é que a gente seja, mas sem precisar de saber o porquê é que é."

Patrícia Cornwell

Patricia Carroll Daniels, nascida a 9 de Junho de 1956, em Miami, nos Estados Unidos da América, tornou-se conhecida no mundo das letras policiais com o nome Patricia Cornwell. Filha de uma escritora e conhecida abolicionista (Harriet Beecher Stowe), Patricia teve uma infância difícil, queixando-se de abusos por parte do pai, o que aliado a uma depressão da mãe levou a que fosse entregue aos cuidados da assistência social. Nesta altura já vivia em Montreat, na Carolina do Norte. Leia mais aqui .

Pescando

entre a sala e o céu a janela que oculta a luz perambula a mulher pela casa escapole a infância por segundos, a solidão é anestesiada: ela se vê pescando, há verões!

No Le Monde

http://www.estadao.combr/noticias/geral,le-monde-lula-inventa-universidade-do-seculo-21,450323,0.htm

Quem tem medo de Obama?*

Quem não entende esses psicopatas da direita brasileira que fazem qualquer coisa para derrubar Lula, nem que seja ao custo de sabotar o país, deveria dar uma espiada no que a direita dos Estados Unidos vem fazendo contra Barack Obama. Em minha opinião, ele é o Lula americano. Uma espécie de super Lula. O mesmo pragmatismo, a mesma paciência com os adversários, a mesma visão histórica. Quando digo que Obama é uma espécie de super Lula, não é sem razão. Pode até ser difícil um operário se tornar presidente, mas um negro pacifista e progressista chegar a tal posto num país como os Estados Unidos não é só difícil, é quase impossível. Além disso, investir no social em um país como aquele, não é fácil. Aqui no Brasil, com 70, 80 dólares por mês é possível acudir uma família que viva abaixo da linha de pobreza. Nos Estados unidos, a conta sai bem mais cara. As carências são muito menos básicas. Como se não bastasse, os americanos estão experimentando uma descida ao inferno. E estão pouco se l