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Agentes cubanos em Miami, por Morais

No Correio Braziliense, entrevista com Fernando Morais sobre seu novo livro. Mais uma obra que entra para a lista dos que devem ser lidos - o que o torna interessante é o modo de sua escritura (o périplo do Fernando, garimpando informações etc). Trecho da entrevista: "É uma coisa curiosa. No documento escrito pelo Fidel para Bill Clinton há um ponto em que ele fala de um negócio profético: se os Estados Unidos permitirem a desenvoltura de grupos terroristas em território americano, isso pode se virar contra o próprio país. É um risco que o governo americano está correndo. E me chama atenção o seguinte: todos os executores dos atentados de 11 de setembro aprenderam a pilotar aviões na Flórida. E lá não tem comunidade árabe, só hispânica. Outra coisa: no julgamento dos cubanos os advogados de defesa diziam, já depois do 11 de setembro, que o que os réus faziam nos Estados Unidos é o mesmo que a CIA está fazendo no Afeganistão. Ou seja: procurar prevenir atentados contra os Estados

Sobre a atividade literária

Alguns amigos escrevem regularmente, e quase sempre conversamos sobre livros e autores. Não posso me afastar deste mundo (de livros, autores e criação literária), apesar de a vida, a labuta, a tentativa de aprender o Direito - tudo sempre nos encaminha para outras ilhas, interesses e ocupações. Nenhuma pretensão tenho; nada grandioso; apenas tenciono um dia provar pra mim mesmo que sou capaz de escrever algo que ao menos se aproxime, por exemplo, da grandiosidade de um Thomas Mann; nem que tal empreitada demore ainda algumas décadas (ora, Pedro Nava, maior memorialista da literatura brasileira, escreveu com primor por volta dos 70 até os 79 anos, caso do monumental "O Círio Perfeito". Assim, sempre que posso, gosto de ouvir quem escreve, porque escreve, como anda escrevendo, sobre o que anda escrevendo, o que anda lendo etc. Bem, evidente que questão crucial se impõe: vale a pena escrever na periferia do mundo? Mas que periferia é essa? O centro ainda são a Europa e os

Entrevista de Jorge Luis Borges

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FUNDAMENTAL: Chomsky debulha a manipulação dos meios

Dez formas distintas de manipulação midiática Noam Chomsky elaborou a lista das “10 Estratégias de Manipulação” através da mídia. Em seu livro “Armas Silenciosas para Guerras Tranquilas”, ele faz referência a esse escrito. Noam Chomsky elaborou a lista das “10 Estratégias de Manipulação” através da mídia. Em seu livro “Armas Silenciosas para Guerras Tranqüilas”, ele faz referência a esse escrito em seu decálogo das “Estratégias de Manipulação”. 1 – A Estratégia da Distração. O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças que são decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir o público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais na área da ciência, economia, psicologia, neurobiologia ou cibernética. “Man

Se temes as estrelas

Se temes as estrelas E o manto quente do sol E as labaredas de luz da lua nova E o frescor infinito do mar, no verão E todas as cores dos peixes azuis E todos os olhos pequeninos dos colibris Se foges das gotas de chuva E te abrigas sob casebres às vezes tristes Ou sozinha ficas e choras também Onde espreitas, pelas fendas estreitas da velha madeira, Os olhos do mundo os assovios das palmeiras E os volteios de borboletas Que amas - e temes Se achas que o sorriso no inverno fere teus lábios débeis Se te escondes da força de olhos negros (ou azuis de um azul Que não entendes) Se te inquietas com tanto amor, tanta vida, Tantos rodopios suaves das meninas em flor, Com os gracejos-dentes-de-cana-açúcar dos meninos... Precisas conhecer a teia Que vai enredando a felicidade Em cada um de nós! ii. O sorriso da alma está no olhar o céu E perceber a dança de pássaros E, mesmo sem estes aventureiros de árvores e anis, Imaginá-los em loopings e bandos de meninos-páss

Salmo 94 e opressão social

Tuitei hoje os trechos que seguem. Constam de notas de rodapé, às fls. 774 e 775, de minha Bíblia Sagrada – Edição Pastoral (1ª ed.), referenciando o Salmo 94. O texto bíblico foi traduzido, ineditamente, do hebraico, pelos padres Ivo Storniolo e Euclides Martins Balancin. "Imprimatur": 21.12.89. “Os opressores constroem uma estrutura social que, para defender seus privilégios e interesses, acaba marginalizando o povo na miséria e escravidão. O cúmulo da soberba é cortar qualquer possibilidade de justiça, chegando a negar que Deus se importa com a situação.” “Deus age na história para realizar a justiça. Isso, porém, não dispensa a luta do povo; ao contrario, é através dele que Deus derrota a injustiça. Embora as estruturas injustas continuem, elas estão fadadas ao fracasso, pois Deus está aliado com as vítimas, para derrotar os opressores.”

Reveillon em Pirenópolis (2008)

Montes, árvores do cerrado. Todos os nomes de caules retorcidos; lixeirinha, orelha-de-negro, umburuçu, corda-de-viola; O verde explode, belo! Cachoeiras, águas serpenteiam arco-íris. Primeiro dia do ano em Pirenópolis e a lembrança de Jorge Luis Borges em São Paulo. Stephen Hawking e a música que colore a tarde. Música eletrônica entreluzindo 2008. A morenaluzbelavozdeusa: Maria Rita cantando Noel! A promessa de ler os dois livros do Raduan: Na primeira hora do ano Lavoura Arcaica e Um Copo de Cólera brincaram no trapézio da inquieta lembrança. Ano que vem de novo, sim.