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Mostrando postagens de agosto, 2011

Agentes cubanos em Miami, por Morais

No Correio Braziliense, entrevista com Fernando Morais sobre seu novo livro. Mais uma obra que entra para a lista dos que devem ser lidos - o que o torna interessante é o modo de sua escritura (o périplo do Fernando, garimpando informações etc). Trecho da entrevista: "É uma coisa curiosa. No documento escrito pelo Fidel para Bill Clinton há um ponto em que ele fala de um negócio profético: se os Estados Unidos permitirem a desenvoltura de grupos terroristas em território americano, isso pode se virar contra o próprio país. É um risco que o governo americano está correndo. E me chama atenção o seguinte: todos os executores dos atentados de 11 de setembro aprenderam a pilotar aviões na Flórida. E lá não tem comunidade árabe, só hispânica. Outra coisa: no julgamento dos cubanos os advogados de defesa diziam, já depois do 11 de setembro, que o que os réus faziam nos Estados Unidos é o mesmo que a CIA está fazendo no Afeganistão. Ou seja: procurar prevenir atentados contra os Estados

Sobre a atividade literária

Alguns amigos escrevem regularmente, e quase sempre conversamos sobre livros e autores. Não posso me afastar deste mundo (de livros, autores e criação literária), apesar de a vida, a labuta, a tentativa de aprender o Direito - tudo sempre nos encaminha para outras ilhas, interesses e ocupações. Nenhuma pretensão tenho; nada grandioso; apenas tenciono um dia provar pra mim mesmo que sou capaz de escrever algo que ao menos se aproxime, por exemplo, da grandiosidade de um Thomas Mann; nem que tal empreitada demore ainda algumas décadas (ora, Pedro Nava, maior memorialista da literatura brasileira, escreveu com primor por volta dos 70 até os 79 anos, caso do monumental "O Círio Perfeito". Assim, sempre que posso, gosto de ouvir quem escreve, porque escreve, como anda escrevendo, sobre o que anda escrevendo, o que anda lendo etc. Bem, evidente que questão crucial se impõe: vale a pena escrever na periferia do mundo? Mas que periferia é essa? O centro ainda são a Europa e os