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Mostrando postagens de julho, 2008

Um novo Brasil

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E Deus criou Patrícia...

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Patrícia Pillar é atriz e cineasta. Tem enorme semelhança com Cecília, minha primeira namorada e depois esposa. Aqui Patrícia, ou melhor Flora, ao sair da prisão, na novela da Globo A Favorita.

No NYT: Brazil

No NYT: o que a imprensa por aqui (apelidada por muito blogs de Partido da Imprensa Golpista - PIG) não mostra. Ontem, duas páginas inteiras sobre o Brasil no New York Times: Leia aqui .

Aleatoriamente lês Catatau - catarse apenasmente

Pedaço do romance-ideía leminskiano: "Uma hipótese, uma remota possibilidade arremata um lance, uma causa perdida, uma visão beatífica, uma audição angélica. A figura é figurada. Desvidro-me. Não representa o que apresenta. Em outras palavras, são outra coisa. A figura continua a mesma, ocorrem acidentes no seu plano mas ela confirma o que diz: os sintomas são esses, os sistemas são outros. O sigilo cai sobre o fato, armazém de armadilhas, fato nulo, ato nulo. Algomonstro está oculto atrás do ato nulo. O fato? Occam. O mapa é este. Não quero me precipitar, creio num abismo aí. Ele disse, ele se calou que só vendo, veio falando e foi desapercebendo. Um abismo, quem o mora? Nunca é demais voltar atrás, desde quando estamos caindo? Uma lei vai vigorar aqui. A lei é esta: assim não vale. A lei é estável. Qual o nome da lei? Um nome bem natural, a lei da máxima é múltipla. Faça o que te apetece, falte quando te fazem falta! Assim não vale. Ali está aquilo. Afastamento dos fatos, isolam

Catatau

Catatau , de Paulo Leminski, figura entre aquelas obras literárias que, de saída, destinaram-se a um público vertical, embora, na orgulhosa sober­ba de quem sabe e sente que acabou de produzir um romance marcante, afirmasse, na abertura do livro, que o próprio (desde a publicação dos pri­meiros fragmentos em periódicos da época) vinha passando "muito bem sem mapas" e que se negava a "ministrar clareiras para a Inteligência". E finalizava a incisiva nota: "Virem-se". Décio Pignatari, no prefácio.

Nosso Finnegans Wake!

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Título: CATATAU Autor: Paulo Leminski Gênero: Literatura Brasileira Editora: Travessa dos Editores Publicado originalmente em 1975, 'Catatau passou a ser cultuado como uma espécie de 'Finnegans Wake' (obra mais radical do escritor irlandês James Joyce) da língua portuguesa. O livro tornou-se referência obrigatória na experimentação literária brasileira e, ao mesmo tempo, difícil de ser encontrado. A segunda edição, revisada pelo próprio Leminski pouco antes de morrer, apareceu somente em 1989 lançada pela Editora Sulina numa pequena tiragem. Agora, com a proximidade das comemorações dos 30 anos da obra, a Travessa dos Editores coloca nas livrarias uma nova e impecável publicação de ''Catatau''. O principal mérito da edição, crítica e anotada, está em apresentar um texto coligido a partir da comparação das três versões existentes: os originais datilografados por Leminski, a primeira e segunda edições. A delicada tarefa foi realizada por um grupo de pesquisad

Paralelos

O post anterior fala da revista Paralelos, literária. A Carta Maior disse o seguinte sobre ela: Revista Paralelos - Literatura Nova e outros subtítulos Depois de mapear a escondida - quiçá por timidez - nova produção literária, principalmente a carioca, a Revista Paralelos surge disposta a sacudir a moçada adepta às letras, que no momento anda mais preocupada com praia e mulheres, ou rapazes. Carta Maior: www.agenciacartamaior.com.br Matéria: Revista Paralelos - Literatura Nova e outros subtítulos

Livros do Mal é profilaxia contra o tédio e marasmo literário

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Enquanto isso, em Paralelos : Livros do Mal é profilaxia contra o tédio e marasmo literário Alessandro Garcia, que adquiriu sete livros da editora Livros do Mal na Feira de Porto Alegre , é mais um que comprova que Livros do Mal é profilaxia contra o tédio e marasmo literário. Dentes Guardados, Daniel Galera, 88 págs. A prática que a publicação regular na Internet proporcionou a Galera nos livrou de encontrar em seu livro de estréia vícios comumente encontrados em escritores que se aventuraram pela rede – ainda mais embrenhando-se pelo conto, pequena grande pérola da literatura, onde o timming é tão necessário quanto o impacto. A narrativa é simples, não se encontra aqui grandes pretensões de revolução lingüística, o que torna ainda mais difícil a tarefa de contar boas histórias sem cair na banalidade. É a simplicidade que dá a tônica em um livro que conquista gradativamente, com personagens identificáveis e reconhecíveis em qualquer submundo urbano. Da introdução através de um deflora

Nova Lei de Imprensa

Abuso de autoridade: sabe-e que Gilmar pediu e o projeto já está feito. Mas o Estado Democrático e de Direito está a exigir, sim, ampla discussão de urgente nova Lei de Imprensa. Como se sabe, o STF vergastou diversos dispositivos da atual, "publicada" pelo regime de exceção (um eufemismo, claro). Jornalões, revistas, TVs e rádios seguem cometendo crimes contra agentes públicos e candidatos em períodos eletivos, notadamente os do segmento popular. Aciona-se o Poder Judiciário, que, quando julga acertadamente, já é tarde!

Eco no El País: "El que se sienta totalmente feliz es un cretino"

Es un jubilado que no ejerce como tal. Sigue enseñando, y publica en España su última obra, ?Decir casi lo mismo?. Visitamos al profesor a pocas semanas de las elecciones en Italia. Umberto Eco es un hombre casi feliz. Un profesor que disfruta de sus alumnos y que ahora, jubilado a los 76 años de sus múltiples ocupaciones académicas, sigue trabajando ?aún más que antes?, impartiendo clases doctorales, escribiendo libros (?¡ni media palabra sobre el que hago ahora!?, exclama, poniéndose el dedo sobre los labios), asistiendo a congresos (cuando le vimos, estaba a punto, de ir a uno en el que tenía que hablar de las matemáticas locas, y ahora vendrá a Granada, a principios de abril, al Mapfre Hay Festival), leyendo tebeos (?ahora son demasiado intelectuales?) y riendo como un chiquillo. Serio cuando habla de Italia, cuyas elecciones se le vienen encima con la amenaza cierta de que las gane Berlusconi, y optimista cuando habla de España. ?¡Ustedes tienen la suerte de Zapatero!?. Cuando

E tome mais

28/04/2005 21:51 Décimo capítulo de Vida de Gato Li hoje, numa pausa aos códigos e às penas da vida (puta indústria do Direito!), o décimo e último capítulo de Vida de Gato, da Clarah Averbuck ( Máquina de Pinball e Das Coisas Esquecidas atrás da Estante ), menina (nasceu em 79) que vem escrevendo como gente grande! E fiquei tão fissurado que digitei o capitulo (menos de página e meia) para colar aqui: "Porque eu sou um gato de rua, dos mais vagabundos, revirando os lixos, fuçando nos cantos, me enfiando nos piores becos em busca de um dono. Mas gatos não têm dono. Gatos têm servos, escravos cegos e devotos, sempre prontos para mimá-los, ou não têm nada. AUT EGO AUT NIHIL . Então eu continuo , nenhum amor nesta lata, nem nesta outra, talvez na próxima esquina, na próxima casa na próxima festa, talvez naquele bar, talvez naquela estrada. Depois do farol, depois do pedágio e já nem sei mais voltar para onde estava. Depois daquele morro, depois do rio e do mar, depois dos pampas, da

Mais Clarah

Ei, Noblat. Ei ,vocês outros. Ei, Correio Braziliense. Antes de a moça estar escrevendo o blog, hoje, Diário Literário e Político já tinha falado dela. Vejam: 22/06/2005 11:52 Clarah CPI, PFL, golpismo! Ah chega! Reli hoje a Clarah Averbuck, gaúcinha que escreve bem demais! Cuida-se do último trecho do capítulo final de "Vida de Gato", romançaço de singelas 150 páginas. Narra ela, no livro, o amor e a desilusão no envolvimento que teve com Antônio. "Porque eu sou um gato de rua, dos mais vagabundos, revirando os lixos, fuçando nos cantos, me enfiando nos piores beco em busca de um dono. Mas gatos não têm dono. Gatos têm servos, escravos cegos e devotos, sempre prontos para mimá-los, ou então têm nada. AUT EGO AUT NIHIL. Então eu continuo , nenhum amor nesta lata, nem nesta outra, talvez na próxima esquina, na próxima casa na próxima festa, talvez naquele bar, talvez naquela estrada. Depois do farol, depois do pedágio e já nem sei mais voltar para onde estava. Depois daqu

Murilo Salles e Clara

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Novo filme de Murilo Salles reflete sobre as angústias da geração ligada à internet Sérgio Moriconi Especial para o Correio Cinema Brasil Digital/Divulgação Juliano Cazarré encara leandra leal: brasilienses desgarrados em São Paulo Há tantas coisas que se pode dizer a respeito de Nome próprio que fica difícil se deter em apenas um de seus muitos e interessantes aspectos. Para os espectadores de Brasília é quase inevitável comparar o novo filme de Salles com os dois últimos da prata da casa José Eduardo Belmonte, o penúltimo A concepção, mas especialmente o novíssimo Meu mundo em perigo. Estão presentes em Nome próprio vários dos atores costumeiramente utilizados pelo jovem realizador candango, entre eles a atriz-musa Rosanne Mulholland. Não parece mera coincidência. Muito provavelmente – já que Nome próprio e Meu mundo em perigo foram realizados quase que simultaneamente – Salles viu A concepção e intuiu que parte do elenco de Belmonte servia bem para aquilo que estava pretendendo faze

João Ubaldo Ribeiro vence edição 2008 do prêmio Camões

O escritor João Ubaldo Ribeiro é o vencedor do prêmio Camões 2008, a mais importante homenagem atribuída a autores de língua portuguesa. João Ubaldo, 67, é oitavo escritor brasileiro a ser distinguido com o prêmio, que na sua edição anterior foi para o português António Lobo Antunes. O escritor baiano nasceu na ilha de Itaparica, em 23 de janeiro de 1941. Entre seus livros mais famosos estão "Setembro não faz sentido", "Sargento Getúlio", vencedor do Prêmio Jabuti em 1972, "Viva o povo brasileiro", "O Sorriso do lagarto" e "A Casa dos Budas Ditosos". O escritor viveu em Lisboa em 1981, com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian, e ao longo da sua carreira recebeu vários prêmios e teve algumas obras adaptadas para televisão. Iniciou a sua vida profissional como jornalista no Jornal da Bahia, em 1957, e no ano seguinte editou revistas e jornais culturais, tendo dado os primeiros passos na literatura com a participação na antologia &q

E Deus criou a mulher, e a música!

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Alejandra Pizarnik

Virna Teixeira "La vida perdida para la literatura por causa de la literatura. Por hacer de mí misma un personaje literario en la vida real fracaso en mi intento de hacer literatura con mi vida real, ya que la última no existe: es literatura." Alejandra Pizarnik nasceu em Buenos Aires em 29 de Abril de 1936, filha de imigrantes judeus russos. Em 1954 iniciou estudos de filosofia e letras na Universidade de Buenos Aires, e abandonou ambas as carreiras para estudar pintura com o surrealista uruguaio Juan Planas. Publicou seu primeiro livro em 1955, "La tierra más ajena", aos 19 anos. Viveu em Paris entre 1960 a 1964 onde publicou "Árbol de Diana", colaborando em diversas revistas européias e americanas, entre as quais Cahiers. Traduziu poemas de Antonin Artaud, Aimé Cesairé, Yves Bonnefoy e Henri Michaux para o espanhol. Estudou história das religiões e literatura francesa contemporânea na Sorbonne. Em 1964, ao retornar à Argentina, publicou seus três livros

Dois poemas

Exílio Esta mania de me saber anjo, sem idade, sem morte para a qual viver, sem piedade por meu nome nem por meus ossos que choram vagando E quem não tem um amor? E quem não goza por entre amapolas? E quem não possui um fogo, uma morte, um medo, algo horrível, ainda que fira com plumas, ainda que fira com sorrisos? Sinistro delírio amar uma sombra. A sombra não morre. E meu amor só abraça ao que flui como lava do inferno: una loja calada, fantasmas em doce ereção, sacerdotes de espuma, e sobretudo anjos, anjos belos como lâminas que se elevam na noite. Alejandra Pizarnik Os anéis fatigados Há ânsias de voltar, de amar, de não ausentar-se, e há ânsias de morrer, combatido por duas águas unidas que jamais hão-de istmar-se. Há ânsias de um beijo enorme que amortalhe a Vida, que acaba na áfrica de uma agonia ardente, suicida! Há ânsias de... não ter ânsias, Senhor, a ti aponto-te com o dedo deicida: há ânsias de não ter tido coração. A primavera volta, volta e partirá. E Deus, curvado em t

A canção de Cassiel

Para mim Asas do Desejo, de Wim Wenders, é um dos mais densos e belos filmes do mundo. Neste vídeo, conheça Cassiel, um dos anjos que habitam Berlim. Os anjos. Que não não vistos. Que olham e vêem flores no concreto. Que cedem afeto para suicidas e alijados da bruta vida. A mesma, de nossos tempos globalizados? A mesma vida segregacionista? A mesma vida que trucida o regime cubano - que tem lá seus erros, mas é de muitos acertos - e elogia o chinês - oh, por que? perguntam os inocentes, néscios -, que mata jovens que se rebelam e envia balas para as famílias quitarem a dívida do Estado com a aplicação da pena? Anjos. Em Berlim. Em Brasília. Em Aracaju. Em Salvador. Em Barreiras, na Bahia. Em Moscou. Em Teerã. Em todo canto deste belo mundo ameaçado pelo furor da Moeda. Anjos.

E Deus criou a mulher...!

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Por um outro Brasil

A globalização atual é perversa, fundada na tirania da informação e do dinheiro, na competitividade, na confusão dos espíritos e na violência estrutural, acarretando o desfalecimento da política feita pelo Estado e a imposição de uma política comandada pelas empresas. - Milton Santos, em "Por uma outra Globalização", Editora Record. Poucas vezes li uma síntese tão precisa sobre o atual estado de coisas. O geógrafo Milton Santos acerta em cheio quando coloca no centro da discussão a tirania da informação, termo que inclusive dá o título de um excelente livro de Ignácio Ramonet, diretor do Le Monde Diplomatique. É no campo da subjetividade que o sistema capitalista se impõe e se enraíza. E a mídia é, hoje, a instituição com maior capacidade de produzir subjetividades, ou seja, de definir maneiras de agir, sentir, perceber e viver. Sobre o estímulo constante à competitividade vale a pena consultar o escritor chileno Humberto Maturana e sua obra-prima "Emoções e linguagem na

Algemas

"Depois de tantos anos de uso, as algemas tornaram-se um abuso. O abuso agora é a algema, e não o crime cometido - formação de quadrilha, sonegação de impostos, lavagem de dinheiro. É possível até que as algemas se tornem ilegais. Mas isso certamente não tornará a legalidade mais democrática." Cristovam Buarque (senador pelo PDT do Distrito Federal)

exercício filosófico

cristo ou marx? quem está certo? como Deus permitiu que o anjo mau saísse por aí aprontando? hoje deparo na TV uma tal igreja que segue no encalço de outra, já muito famosa. com filiais ambas brasil afora! o pastor, a face dele, pura pilantrice! (perdoe-me Deus se erro na avaliação!) PT ou PSDB? marionetes? somos? todos nós? quem ou o que somos nós? aos quinze eu largava tudo para assistir Cosmos, do Sagan, aos domingos, na Globo, logo após ou antes (não me lembro mais) dos Clássicos para a Juventude (lá aprendi a ouvir Liszt). depois descobri o autor de Humilhados e Ofendidos. crianças orfãs, homens bêbados, seres largados. barões, principes, generais! Freud lia e se inspirava nele! parece que Nietzsche (não vou ao google ver como escreve!) também! amanhã é domingo. é isso.

Colarinho branco

Padre Vieira, nascido há 400 anos, alerta em seu "Sermão do Bom Ladrão" (1655): "Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo do seu risco, estes, sem temor nem perigo; os outros, se furtam, são enforcados, estes furtam e enforcam". Hoje, certamente Padre Vieira acrescentaria: "Os outros mofam no xadrez, estes ganham a liberdade por meio de habeas corpus deferidos em tribunais superiores."

Olhos marejados

Abatido e com os olhos marejados, o juiz federal Fausto Martin De Sanctis, que mandou duas vezes o banqueiro Daniel Dantas para a prisão, afirmou ontem que não vai se intimidar diante de eventuais ameaças ou tentativas de desacreditar o seu trabalho. "Estou exaurido", disse em tom de desabafo. O juiz revelou que entrará em férias por 15 dias na próxima segunda-feira. Segundo ele, já estavam programadas "há muito tempo". Assinante da Folha leia mais em: Juiz do caso Dantas anuncia férias e diz que "não dá para ter PF de faz-de-conta''

Greve dos Correios

NOTA de Quase hai . Por mais legítimos que sejam as reivindicações dos trabalhadores da ECT, o setor é essencialíssimo, e o movimento já deveria ter chegado a bom termo. Estaria havendo exploração política por parte dos sindicatos? É necessário refletir mais. A ação no STF está parada, 5 X 0 pela manutenção do monopólio estatal, mas é melhor optar pelo princípio da precaução. Indústrias e lojas reclamam dos transtornos com greve dos Correios Indústria e comércio reclamam dos transtornos causados pela greve dos funcionários dos Correios e avaliam que os prejuízos em seus negócios só poderão ser contabilizados após o fim da paralisação, que completa hoje 17 dias. A Associação Comercial de São Paulo já prevê que lojistas possam ter problemas de caixa. Os motivos, segundo a entidade, são os atrasos na entrega dos boletos de cobrança e a demora na atualização do cadastro de inadimplentes do Serviço Central de Proteção ao Crédito. 'Antes de incluir o nome dos consumidores inadimplentes n

Formação

A série Formação compõe-se de poemas escritos dos 16 aos 18 anos. Leia mais clicando nos marcadores. Seguem como foram escritos, sem alteração, sem subtrair eventuais erros. A idéia é manter a atmosfera de então. Publicarei outros poemas e textos, em breve. Coração descarrila Tenho medo de te falar do coraçao, loura que me crava unhas nos olhos e intenções. Insone e cego, pelas noites desgraçadas e por dias claros demais - meu coraçao agora descarrila, num vagão que pensa ser azul (e nem rubro é) em podres trilhos, meu peito desce as montanhas holográficas da ilusão vai caindo desaba e flocos de verde lá uma vez lá outra vez, acenam dos albergues distantes e azuis, intensamente b. Meu coraçao, porém, sempre que amanhece o dia, cuida de regar um pequeno canteiro onde nasceram e crescem algumas nuvens, um par de asas e outras flores clorofílicas coloridas como os olhos da negra que já amei noutra vida. Belém/PA, 29.06.1987

Formação*: Nar Ciso

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Republicando poemas da série Formação... olho pras águas mornas mortas vejo os seres que nelas vivem extasiados com minha imagem. caminho quatrocentos e quarenta e quatro metros e estou diante dum bando de pardais a catar rijos grãos num arrozal marrom; e, natural, os bichinhos se enfileiram no solo, um a um, ao tempo em que vão emitindo pios esquisitos, que, por fim, compreendo tratar-se de um hino a meu ser. à noite, com o chuvisco, e enquanto o noroeste bordeja as mangueiras, largo-me, à vontade, numa pequena clareira: as estrelas velam-me: durmo. e, se serafins principiam a entoar loas, wenders já tenciona filmar-me. Brasília, 27.10.1987 * Fuçando velhos escritos, papéis, folhas de cadernos soltas, em busca de um texto que será motivador do primeiro capítulo da nova Anantha , deparo-me poemas e que tais fabricados aos 18, 19 e 20 anos. Suspeito de fato para dizer da qualidade ou da tristeza dos versos, resolvi, contudo, postar alguns, na série Formação .

Lula aprova criação de 48 mil cargos na educação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quarta-feira, 16, as leis que criam 48,5 mil novos cargos em universidades federais e na rede federal de educação profissional e tecnológica. São 27.864 vagas para professores e 20.601 para técnico-administrativos, tanto em novos cargos - criados para garantir a expansão das universidades e das escolas técnicas - quanto para suprir vagas existentes e não preenchidas. Fonte : OESP

Dois pesos, duas medidas...

Jéfferson Hermínio Moreira ( 18 anos ), indiciado por tentativa de roubo ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, continua preso na Casa de Custódia de Caucaia (Região Metropolitana de Fortaleza). Mesmo sendo réu primário, não teve a mesma sorte do banqueiro Daniel Dantas, preso pela Polícia Federal na Operação Satiagraha, sob acusação de esquema de lavagem de dinheiro.Dantas teve direito a ser posto em liberdade por duas vezes por decisão de Gilmar Mendes. Jéfferson tem advogado, mas a lentidão da Justiça no caso atrapalha. Ele está completando, nesta quarta-feira, 17 dias de prisão . Jéfferson tentou roubar, no último dia 29, o cordão de ouro do presidente do STF, Gilmar Mendes, em pleno calçadão da avenida Beira Mar. Acabou dominado por seguranças à paisana do ministro.Na ocasião, ele foi levado para o 2º Distrito Policial, depois transferido para a Delegacia de apoio ao Turista e, em seguida, levado para a Delegacia de Capturas. Agora, está na Casa de Cust

Sempre lá deixam raízes

"Furtam pelo modo infinito, porque não tem fim o furtar com o fim do governo e sempre lá deixam raízes , em que vão continuando os furtos. Finalmente, nos mesmos tempos não lhes escapam os imperfeitos, perfeitos, mais-que-perfeitos e quaisquer outros, porque furtam, furtaram, furtavam, furtariam e haveriam de furtar mais, se mais houvesse." ( A Arte de Furtar, autor anônimo, séc. 17/18 )

A mobilização dos blogs!

O blog Cidadania.com , de Eduardo Guimarães é leitura indispensável. Clique aqui .

Quase hai indica. Adiemus

Adiemus - Além de ser um projeto de música ambiental, Karl Jenkins, compositor, propõe uma estrutura musical que apresenta evoluções harmônicas e melódicas interessantes e inovadoras. Vale ressaltar que, apesar de todas as canções serem cantadas, a parte lírica é totalmente destituída de significado o que, segundo Jenkins, enaltece o teor sonoro da obra, evitando "distrações" da parte sonora. Os textos foram escritos de forma a que a voz soe como um instrumento a mais do conjunto. O primeiro disco, Songs of Sanctuary, conta com a participação de Miriam Stockley no vocal, com arranjos de percussão de Mike Ratledge. Karl Jenkins rege a The London Philharmonic. A lingua usada no Adiemos foi inspirada no estudo da lingua dos "maoris" da Nova Zelândia. Discografia Adiemus: Songs of Sanctuary (1994) Adiemus II: Cantata Mundi (1997) Adiemus III: Dances of Time (1999) The Journey: The Best of Adiemus (2000) Adiemus IV: The Eternal Knot (2001) Adiemus Live (2002) Adiemus V:

Leitura obrigatória: IBGF

Trata-se do Instituto Brasileiro Giovane Falcone , cujo presidente hoje é o ex-secretário Nacional Antidrogas e juiz aposentado Walter Mayerovitch. Acesse o IBGF .

Uma pausa! Evangeline Lilly

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Lacan

" Lacan, num dos seus escritos, anotou que quando o simbólico é desprezado, volta no real. O governo Lula parece que inverteu a tese: quando o simbólico é assinalado, tende a se distanciar do real. Explicando melhor : espetaculosa ou não, as prisões de personalidades da elite envolvidos em ações criminosas contém o simbolismo de que a impunidade de antes não é mais a mesma. Pensar diferente é agarrar-se a um desejo passadista irracional que está perdendo a força simbólica. É candidatar-se a protagonizar a próxima crise." Francisco Viana, no Terra Magazine

Esse é o cara!

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Juiz Federal Fausto Martin De Sanctis, Titular da 6ª Vara Federal Criminal - Seção Judiciária de São Paulo, especializada em crimes financeiros e em lavagem de valores.

Tributo ao valoroso juiz De Sanctis!

Ouça a entrevista do juiz federal Fausto De Sanctis. Clique aqui e divulgue. É de gente assim, valorosa, correta, sábia, imparcial, adstrita aos mandamentos constitucionais, que o país precisa. Seja quem for, de qualquer classe social, branco ou negro, o peso da Lei deve ser igual para todos!

Crônica de uma soltura anunciada

Não houve surpresa. O corruptor pau-mandado disse com todas as letras, gravadas pela Polícia Federal, que o chefe se preocupava "apenas com o processo em primeira instância, uma vez que no STJ e no STF ele resolve tudo". Sabia o que dizia. Dito e feito, em dose dupla. O chefe entrou na lista daqueles que, para certos ministros do STF, pairam acima da lei e reforçam a nociva cultura de que, como cantava Noel Rosa, "para quem é pobre a lei é dura", mas para quem é rico a impunidade fa(r)tura. Por Frei Betto* Vale a piada do político corrupto que surpreendeu o filho surrupiando-lhe a carteira e deu-lhe umas palmadas. "Mas você também rouba!", reagiu o menino. "Não te castigo por roubar, mas por se deixar apanhar em flagrante", retrucou o pai. Agora, nem o flagrante merece punição. Vide as imagens gravadas pela PF em que aparece a dinheirama destinada a corromper um delegado daquele órgão. O ciclo vicioso se confirma: a Polícia prende, a Justiça solt

Que "espetacularização", cara pálida?

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Marcos Coimbra Sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi marcos.coimbra@correioweb.com.br Os Recentes Espetáculos "O ministro estava certo: tudo era mesmo um espetáculo, as prisões e o modo como foram realizadas" No meio da agitada semana que vivemos, com as idas e vindas de Daniel Dantas, Naji Nahas e outros, de casa para a cadeia e para fora, uma palavra esteve em discussão o tempo todo. Quem a lançou ao debate foi o ministro Gilmar Mendes quando, referindo-se à primeira prisão dos citados, chamou de "espetacularização" o modo como a Polícia Federal a efetuou e permitiu que fosse divulgada. Nossos dicionários mais conhecidos não a registram. Nem o Aurélio, nem o Houaiss trazem sua definição, o que não impede que venha sendo usada com freqüência de uns anos para cá. Quase sempre, é empregada com uma conotação negativa, como se o ato de fazer de algo um "espetáculo" fosse reprovável. Quem mais a usa são aqueles que reclamam do tratamento que algum ac