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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Dramatizando, indagando

"não dramatizes nao invoques nao indagues" Oh Drummond, como é possível? "prometi-me possui-la muito embora ela me redimisse ou me cegasse" oh Gullar, ainda assim? no desespero, o verso débil prenuncia o fim da tarde o sol se põe e é como se toda uma vida se aquietasse o barulho das madrugadas a zoada risos tempestuosos as cartas sobre a mesa o dominó a puta de amplas pernas e ancas fartas o tráfico viceja o crack implode com a paz de garotos e meninas-mães o veículo cruza ruas putrefatas fudidas o que buscavas? o que buscávamos? o que buscam os homens ditos públicos, em Brasília? o que quer a mídia, coalhada de mentiras? a farra com os recursos públicos em quatro mil e novecentos municípios! o pobre sergipano, após o dia sob sol ardente, senta e repara reluzentes hi lux de políticos corruptos cruzarem a rodovia (não desconfia que o voto seu fora, de fato, imbecil, suicida, como já o disse milhões de vezes um tal Brecht) larápios em todo canto! inclusive em RS e SC,

Processo imbecilizante

O colunista Regis Tadeu, do Yahoo, escreveu artigo que merece ser lido e divulgado. Leia aqui .

Montesinos: herói latino-americano aos dez anos de idade!

O hondurenho Oscar David Montesinos, que aparece no You Tube acima, tem apenas 10 anos de idade, mas já é um herói da América Latina. A coragem e a veemência com que denuncia o golpe militar e clama pela volta de seu país à democracia, enquanto a OEA e outros países sob a influência dos EUA parecem fazer corpo mole, emociona muita gente no continente. Para vê-lo, clique a imagem do You Tube. Montesinos nesse vídeo de pouco mais de dois minutos, foi visto em 15 dias (até o momento em que escrevo) por 10.441 pessoas. Ele fala sem ler, com o coração. É um orador apaixonado – e convincente. Converteu-se num símbolo da resistência ao golpe que há dois meses derrubou o presidente legítimo, Manuel Zelaya, eleito pelo voto popular. Certamente os hondurenhos e os latino-americanos em geral não esperavam que o presidente Barack Obama tolerasse por tanto tempo, sem nenhuma palavra mais vigorosa, sem nenhuma ação mais concreta e conseqüente, a permanência dos golpistas no poder. Em compensação, sa

Marco Aurélio, o senhor Ministro

por Luis Nassif A sentença do Ministro Marco Aurélio de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal) – negando a liminar para a soltura do governador do Distrito Federal José Roberto Arruda – é uma reação, uma tentativa de recuperar a imagem de um dos poderes fundamentais. E é um contraponto fundamental à atuação e à personalidade do presidente do STF, Gilmar Mendes. Curioso o destino que colocou sob o mesmo teto personalidades tão semelhantes e, ao mesmo tempo, tão díspares, quanto Mello e Mendes. Ambos fazem parte da linha de ministros liberais do Supremo, preocupados com direitos individuais e em coibir abusos. São preparados, estudiosos, algo petulantes, propensos a romper com a tradição e o estabelecido, comportamento normal em quem se pretende com luz própria. As semelhanças terminam aí. *** Mello faz da Justiça um fim; para Mendes, ela é meio. Mello pretende o reconhecimento da história e de seus pares; Mendes, o brilho fugaz do momento. Em nome da integridade da Justiça, Mello é ca