Da brisa: Desverso*
* poema prosificado acerca de muitas coisas Que faz a brisa do mar na tez do homem que beira os quarenta em cidade estranha? Qual o nome do fenômeno que resulta em frios internos e calores e levezas e pusilanimidades (ai, Cecília, que coisa essa palavra!)? (Nâo me venha com bílis ou sifílis, oxente!) Qual a mecânica do remover coisas e sentimentos e ais e sonhos e promessas e amores e ver moças em flor e mulheres belissimamente maduras em sorrisos abissais e o ver e namorar a têmpora (ora soturna ora apocalíptica ora rebentando em tempestades de amor luz e dor) da lua enormemente posta no firmamento de um céu ancestral num mundo largado ao deus-dará ao léu e, ao ouvir gil, considerar que ele aos sessenta canta bem demais (eu escrevi bem pra porra mas risquei, no original, pois talvez meia dúzia que me lessem assim, torceriam o nariz bem assim, ó!)? (Não se avexe, que solidéu não é rima para arpéu, nem diz do torpor da solitude, não!) Odores de mar! Mulher, ilhéus em nós mesmos? Portant