Aleatoriamente lês Catatau - catarse apenasmente


Pedaço do romance-ideía leminskiano:

"Uma hipótese, uma remota possibilidade arremata um lance, uma causa perdida, uma visão beatífica, uma audição angélica. A figura é figurada. Desvidro-me. Não representa o que apresenta. Em outras palavras, são outra coisa. A figura continua a mesma, ocorrem acidentes no seu plano mas ela confirma o que diz: os sintomas são esses, os sistemas são outros. O sigilo cai sobre o fato, armazém de armadilhas, fato nulo, ato nulo. Algomonstro está oculto atrás do ato nulo. O fato? Occam. O mapa é este. Não quero me precipitar, creio num abismo aí. Ele disse, ele se calou que só vendo, veio falando e foi desapercebendo. Um abismo, quem o mora? Nunca é demais voltar atrás, desde quando estamos caindo? Uma lei vai vigorar aqui. A lei é esta: assim não vale. A lei é estável. Qual o nome da lei? Um nome bem natural, a lei da máxima é múltipla. Faça o que te apetece, falte quando te fazem falta! Assim não vale. Ali está aquilo. Afastamento dos fatos, isolamento silencioso. Aqui é isso. Isso sai por uma porta e entra por outra, isso é uma raridade no dia de hoje. Uma coisa rara é coisa notável. Isso houve hoje. Um olhar de Janus aboliu a atualidade. Cara e coroa, cara e máscara. Aquilo está feito. Algo não andou bem. Houve um negócio. O próprio."


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como a madrugada produz incêndios!

Auroras

FUNDAMENTAL: Chomsky debulha a manipulação dos meios