Memórias de Adriano




Respondendo a leitor(a), que fez comentário anônimo.

A prometida resenha da obra-primíssima Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar, sairá. Só não sei quando. Será muito mais que uma resenha. Na verdade, escolherei fragmentos do romance para postar. Aos 15-16 anos, li Fogo Morto e Água-Mãe, de José Lins do Rego, e alguns romances de F. M. Dostoiévski. Fiz a seleção de passagens. Leio hoje, com nostalgia, as anotações feitas a lápis, em velho tomo deste último, editado em 1952 pela Livraria José Olympio, com tradução primorosa de Rachel de Queiroz e prefácio de Otto Maria Carpeaux. Anotei, então, 67 excertos de Humilhados e Ofendidos, um dos romances que prenunciam a fase madura do criador de Os Demônios. Aliás, Humilhados e Ofendidos foi recém traduzido, direto do russo, em edição belíssima da editora Nova Alexandria.

O livro de Yourcenar é uma autobiografia romanceada do imperador romano, que viveu no século 2, baseada numa minuciosa pesquisa histórica. Yourcenar começou a escrever o livro em meados dos anos 20 e, depois de destruir várias versões do texto, publicou-o em 1951, com sucesso absoluto. "Adriano é retratado como o governante ideal: cultor do classicismo grego, protetor das artes e político preocupado com vida dos escravos", relata-nos a Biblioteca da Folha. É pouco, muito pouco, quase nada, para descrever a envergadura do romance da bela senhora M. Yourcenar, belga, a primeira mulher a ocupar a Academia Francesa de Letras, em 1980.

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