O fumo malamado


evola tanto
o fumo
seu cheiro ébrio
entre os velhos cruzados
(rui barbosa
e oswaldo cruz
franzem sempre
o cenho
e entopem
seus narizes:
o primeiro com pérolas
da antepenúltima flor do Lácio;
o outro, com toda a verve de Hipócrates
residia aqui a inflação?
fumavam, o rui e o cruz?)

que o lanço
nos livros velhos
jornais
traças
baratinhas
naftalinas
alfarrábios luminosos.

e certamenteos bichinhos se excitam:
pois, sim! vejo
certas pulgas de jornal
bêbadas do olor
que, louco, emana
do rolo de fumo barreirense
só letra na “Ilustrada” de 16.11.88,
onde a pena de sousândrade mora, sóbria.

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