18


William Shakespeare

— Comparar-te a um dia de verão?
Tens mais doçura e mais amenidade:
Flores de maio, ao vento rude vão
Como o estio se vai, com brevidade:
O sol às vezes em calor se exalta
ou tem a essência de oro sem firmeza
E o que é formoso, à formosura falta,
Por sorte ou por mudar-te a natureza.
Mas teu verão eterno brilha a ver-te
Guardando o belo qu em ti permanece,
Nem a morte rirá de ensombrecer-te,
Quando em verso imortal, no tempo cresces.
Enquanto o homem respire, o olhar aqueça,
Viva o meu verso e vida te ofereça.

Tradução de Jorge Wanderley

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como a madrugada produz incêndios!

FUNDAMENTAL: Chomsky debulha a manipulação dos meios

Auroras