como a madrugada produz incêndios!


a noite
e o silêncio dela

os homens dormem e
gira o planeta

o canavial: acalenta-lhe o orvalho

as cidades do interior
paradas no tempo?

shoppings nas capitais apregoam:
o capital não matará o dióxido, nunca!

a música
o livro
o sono

como a madrugada produz incêndios! (alheia aos movimentos dos que amanhã serão chefes/
de executivos municipais, e amealharão os pálidos recursos do erário,/
e à mais absconsa e putrefata merda mandarão o povo, que estará, então,/
entregue à própria sorte e ausência de consciência!/
assim atuam os que açoitam, na imundície midiática diária, o presidente operário:/ deletéria indiferença!)

Republicado hoje, por conta do resultado das eleições em uma cidade muito bem descuidada, mas querida do blogueiro aqui. Brasília, onde nasci? Não. Barreiras, perdida na imensidão do Oeste da Bahia, tanto geográfica (fica a 600 km de Brasilia e a 900 km de Salvador) como politicamente. A prefeita eleita é a mesma que por pouco não foi punida com a perda do mandato por infidelidade açodada. Neo-pefelista, hoje está no PR. Senhora de pouca inserção na área social e pouco relacionada com as lides da educação, certamente a campanha deve ter sido regada a absurdo abuso de poder econômico. Seu principal oponente, ex-prefeito por dois mandatos, foi há pouco denunciado pelo Ministério Público Federal.

***

Um beijo, Natty, pela lembrança e pelo elogio. Sei que a prima costuma ler tudo com muita percuciência!

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