Amigos, adeus aos e-mails políticos!


Parei e escrevi hoje para alguns amigos e supostos amigos (aquels pelos quais nutro sentimento de amizade, talvez sem corresponência mínima que seja):

Cansado de tentar furar pedra com água mole, envio este último email aos doutos amigos.

Torço por que a burocracia estatal ou a atividade privada não endureça o coração de vocês, para que não fiquem cegos diante da revolução política por que passa o país - considerando-se, claro, tratar-se de inédito governo de coalizão e tendo em mira todas a características desta nossa diversa e gigante e bela Nação.

O capital não nem nunquinha de nuncarás será mais importante do que valores inerentes à solidariedade e à fraternidade. Por isso tenho a visão política que tenho. Mas sinto, com tristeza, que alguns amigos parecem se esquecer dessas premissas fundamentais.

Entristecido, por ver que há uma venda nos olhos de muitos com quem falo ou correspondo virtualmente, deixo aqui esta última mensagem e jamais encaminharei emails politicos para estes amigos de que falo. Estou errado? Na verdade nunca houve uma linha devolvida por eles (com raras exceções, cativas exceções!), em resposta a múltiplas mensagens minhas, muitas delas de regozijo, pelos avanços por que passa o Brasil; mensagens fraternas, alegres, a compartilhar um sentimento de brasilidade inédito, pelo menos ao meu modo de ver.

Seria eu sozinho um sonhador, democrata e republicano? Talvez. Pura perda de tempo, portanto, enviar-lhes mensagens. Até porque sei que não lerão o artigo que segue. Talvez prefiram ler os artigos filtrados que saem no órgão oficial informativo da empresa ou nas páginas de Economia de um Correio ou de uma Folha pálidos, acabados, combalidos - que tentarão, a toda sorte e custo, eleger um José Serra, mesmo que isto lesione a democracia brasileira, entre 2009 e 2010 (isto é o que nós, da esquerda democratica, vislumbramos!).

Quanto ao fato do humilde blogueiro aqui interessar-e por isto e aquilo outro, digo, por direito, por literatura e por aí vai, só fico feliz com isso: mantém-me vivo e aceso, como nunca! Gosto disso. E de mim ninguém furta tal alegria, mesmo que só tenha como trocar impressões acerca de tudo isso com meia dúzia de amigos virtuais ou outros, distantes, que vejo uma vez por ano, quando nao em espaço de tempo maior! Fazer o que, vivo em um país periférico, ainda, e principalmente em termos de cultura e "alta literatura" (antes que me achincalhem, trata-se de conceito dos paulistas da USP, para diferençar o comum conceito de literatura brasileira do que se produz, iluminadamente, mundo afora - da qual ainda sou um aprendiz, diga-se!).

Considerem um desabafo, talvez.

Aquele abraço!

LL.

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